Sunday 19 October 2025
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desporto - 2 years ago

Roberto Martínez confessa que não esperava ser o sucessor de Fernando Santos

O espanhol Roberto Martínez ficou surpreendido com a proposta para comandar a seleção portuguesa de futebol, numa altura em que pensava regressar à competição de clubes, numa carreira, e trajeto, com ‘carimbo’ britânico.Após sete anos como selecionador belga, no começo de 2023, o antigo médio, nascido na Catalunha, mas com quase duas décadas de carreira no futebol inglês, galês e também escocês (representou o Motherwell como jogador), estava preparado para retornar à vida ‘normal’ de clube, mas acabou por ser ‘impedido’ pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).“Após sete anos na Bélgica, o passo normal seria voltar a um clube. Parecia natural. Foi um momento de decisão da minha vida. Mas, quando tive uma reunião com o presidente (da FPF), fez sentido totalmente usar a minha experiência do futebol de seleções”, contou Martínez, em entrevista à agência Lusa.No seu gabinete na Cidade do Futebol, em Oeiras, o técnico espanhol, de 50 anos, confessou que não estava à espera de ser o sucessor de Fernando Santos na equipa lusa.“Foi inesperado, totalmente inesperado. Mas, acredito nisso. Gosto muito do sentimento de acordar no próximo dia e ter uma missão. Agora, estou onde quero estar, tenho uma oportunidade única e é com orgulho que vou fazer tudo para termos sucesso no Europeu”, disse.Martínez nasceu na Catalunha, na zona de Lérida, e começou a sua carreira de jogador em Espanha, passado sobretudo pelo Saragoça, mas, cedo, com 22 anos, rumou ao futebol inglês, algo que foi determinante na sua vida.“Nunca pensei que iria jogar e treinar 21 anos no futebol inglês. Faz parte da minha formação, do que tenho nos meus valores como treinador e na forma de jogar. O futebol para mim não é um trabalho, é uma paixão, uma forma de viver. O melhor papel é jogar e o segundo melhor é treinar”, confessou.Pela ligação ao seu pai, treinador em equipas pequenas locais na Catalunha, desde cedo Martínez teve a certeza de que iria seguir as pisadas familiares, mas a vida britânica acabou por ter um grande peso nas suas ideias para o futebol.“Se tivesse ficado em Espanha, seria um treinador totalmente diferente. A cultura ibérica, Espanha, Portugal, também Itália, é tentar ganhar faltas, é tentar complicar a vida ao árbitro. Na cultura britânica, isso não é permitido no balneário. Há regras claras de fair-play, forma de jogo, ter jogo útil com responsabilidade dos jogadores. Por isso, quando fui para Inglaterra, mudei rapidamente”, reconheceu.Após ter treinado Wigan, Swansea e Everton, antes de rumar à Bélgica, Martínez admite que não tem saudades da Premier League, sobretudo devido à quantidade de jogos com poucos intervalos e por ser uma pessoa que ‘abraça’ os projetos com “intensidade”.“Olho muito mais para a frente do que para atrás. A chave da vida é fazer tudo com intensidade. E, é isso que estou a fazer”, concluiu.


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